Não muito por acaso reencontrei uma
velha música que me foi um presente de alguém muito querido. Há pouco mais de
um quinquênio tive contato com as letras incríveis de Almir Sater, mas em
especial a música Tocando em Frente
deixou em mim um registro profundo das lições mais simples e belas da vida,
essas que gostaria de compartilhar aqui.
Obviamente a música é muito
conhecida através da maravilhosa voz de Maria Bethânia a qual deixo aqui,
também, como uma pequena introdução:
Mas após apreciar ou deleitar-se com
a canção gostaria de dedicar pequeno tempo para revisão das palavras
melodiosamente colocadas. Para tal deixo a letra da música abaixo:
Tocando em Frente
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Almir Sater & Renato Teixeira
Preciso agora dizer que minha perspectiva de análise se dará dentro de
meu arcabouço de conhecimento espiritual, religioso, filosófico, científico,
emocional, psicológico e que, portanto, não estou isento de falhas e má
interpretações. Todavia, darei o melhor de mim. Comecemos?
Nosso sorriso e caminhar é fruto de nossa volumosa experiência de vida,
essa mesma que se deu pelo aprendizado do sofrimento e das dores, dos rangeres
de dentes e das angústias, toda sorte de tristeza que nos fez chorar
demasiadamente.
Nossa condição atual, mais feliz, deu-se pelo que já passamos, legando-nos
a lição maior da humildade, pois nossos sofrimentos e lágrimas foram as marcas
de nossa arrogância, essa mesma que se desfaz ao reconhecermos que pouco ou
nada sabemos, apesar de conhecermos os meios e os momentos certos e sabermos
mensurar e divisar as qualidades das situações.
Na vida o fluxo dá-se através de amor e a felicidade verdadeira é possível
quando os conflitos de toda ordem estão sanados, mas tais conflitos são
necessários, pois entre meio a penumbra da tempestade é que nasce o anseio pelo
aprendizado do cultivo de paz.
Percebe-se que viver, então, é notar
esse fluxo, que naturalmente empurra-nos no sentido de nossas necessidades de
aprendizado. Portanto, humildemente e sem muito contestar, vamos pelo caminho
que nos é indicado, esse caminho que tão imenso é, mas que se revela a nossa
própria construção.
Assim passamos pela lição do desapego
experimentado pelas tantas vivências, sofrimentos correntes que como ondas vêm
e vão. Todavia, é preciso lembrar que não podemos nos abandonar em ciclos
viciosos da vida, o constante ir e vir das ondas mas lembrar que somos os
arquitetos da própria vida e que temos a plena capacidade de construir a
felicidade.
Enfim, está acima minha rápida
interpretação, deixo-lhes agora a versão original cantada pelo Almir Sater:
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